Aos 75 anos de idade, Abelardo Alves do Amaral é o servidor mais antigo em exercício na Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG), levando-se em conta o período anterior à Emenda 56, que unificou, em julho de 2003, a Procuradoria-Geral do Estado e a Procuradoria-Geral da Fazenda Estadual. Ele foi empossado em 22 de março de 1964.
Naquela época, “AB” como é chamado pela esposa, dona Maria de Lourdes, com quem tem 3 filhos, era um adolescente de 16 anos. “Comecei a vida profissional na PBH, aos 15 anos, como auxiliar de serviços gerais. Um ano depois entrei para o Estado, na extinta Procuradoria-Geral, hoje AGE-MG”, conta Abelardo enquanto observa a antiga sede do órgão, na Praça da Liberdade.
No imóvel centenário, ele era o responsável por fechar as imensas portas e janelas no fim do expediente. Certa vez, recorda, a então procuradora-geral do Estado e hoje ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o pediu que estendesse o expediente.
“A doutora Cármen Lúcia recebeu missão do governador (Itamar Franco) e precisou ficar até mais tarde no serviço. Saímos por volta da meia-noite”, recorda seu Abelardo, que hoje é oficial de serviços operacionais na AGE-MG.
Natural de BH, Abelardo se recorda das outras sedes da AGE: “O órgão ocupou as estruturas do prédio da Séculos, na Afonso Pena, e em outro na rua Espírito Santo”. Foi neste antigo endereço que, em 2017, foi indicado para receber a Medalha do Mérito da AGE, honraria concedida a quem presta relevantes serviços ao órgão e à advocacia pública.
“Guardo-a com muito carinho, pois é o reconhecimento de um trabalho bem prestado”.
Abelardo é um dos personagens que ilustram a série dos 20 anos da AGE-MG, implentada pela Emanda 56, que unificou, em julho de 2003, a Procuradoria-Geral do Estado e a Procuradoria-Geral da Fazenda Estadual.